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domingo, 25 de agosto de 2013

O quê esperar do encontro de Batman e Superman nos cinemas?!

Com toda a certeza, algo muito bom.
Depois da confirmação do encontro dos "melhores do mundo" na Comic Con 2013, muitos fãs já começaram a especular o quê poderia ser feito deste filme. Logo após, saíram mais informações, mas que apenas confundiram mais a cabeça dos fãs que esperam o longa-metragem. Segundo a Warner, será um "O Homem de Aço 2", com apenas uma participação do Homem-Morcego. Mas, segundo David S. Goyer (roteirista), será um "Batman Vs. Superman ou Superman Vs. Batman, ainda não decidimos o nome", disse. No anúncio, foi lido um trecho de "O Cavaleiro das Trevas" de Frank Miller, em que Bruce Wayne diz: "eu quero que você se lembre, Clark (...) do único homem que te derrotou". A saga apresenta um Wayne bem mais velho, o quê logo levou os espectadores a achar que no filme seria o mesmo. Nomes como Josh Brolin, Ryan Gosling e até Orlando Bloom foram cogitados ao papel. Mas o escolhido para ser o novo príncipe de Ghotam foi nada mais nada menos que...

Ben Affleck
Sim, o ex-Demolidor, ganhador de Oscar, muitíssimo criticado por muitos, Ben Affleck. O ator e diretor já foi um dos nomes preferidos para dirigir o filme da Liga da Justiça - o quê aparentemente eram apenas negociações para ser um dos heróis do filme. Confirmado nesta sexta-feira, dia 23, logo causou alvoroço no mundo nerd, sendo vítima até de petição online para largar o papel. Ou seja, parece que ninguém gostou.
Mas, desculpem-me, mas vão quebrar a cara. Affleck pode não ser o melhor ator do mundo, ter participado de bombas cinematográficas (Demolidor, Pearl Harbor), mas é uma escolha ótima para o ser o Cavaleiro das Trevas que vai substituir o criado por Christopher Nolan e Christian Bale. Porquê?
Ele tem a idade certa, o porte certo, e consegue ter a cara certa de um Bruce Wayne mais velho, como a DC/Warner quer. Um Batman com cicatrizes de guerra, anos de capa, tendo uma atuação com a carga mais pesada, séria, e bruta. Quase automática. Affleck faria isso muito bem. Além do mais, pense num Batman magro, ou então fora de um porte físico bacana. Não vamos correr esse risco, já que o ator já está malhando forte.
Barba mal feita+algumas poucas rugas= a cara do Batman
E tem mais uma coisa, Ben tem um Oscar por roteiro original e outro por direção. Ele pode muito bem estar ajudando no roteiro de seu primeiro filme como Batman, e também pode até chegar a dirigir os filmes solos/filme da LJA.
Resumindo, muito mesmo, Ben Affleck foi uma ótima escolha. Ponto. Chega de mimimi. Bola pra frente.Ah, só pra constar, Joss Whedon adorou a escolha.



Trama

Apesar de ter dito que não será baseada em nenhuma HQ conhecida, Zack Snyder e S. Goyer têm com certeza várias inspirações para o filme. Algumas histórias poderiam servir de base. Como por exemplo:

O Segredo Revelado (John Byrne, Terry Austin)
Seria muito arriscado, mas poderia dar certo. Na história, Lex Luthor ( quase confirmado no longa) descobre que Clark Kent é o Superman, isto estudando o herói, e também o jornalista. Ao descobrir, Luthor fica confuso e até irritado com o fato de um deus querer viver entre os humanos.
No filme, isso poderia ser ligado ao fato de Kal-El ter destruído meia cidade, sendo ela lotada de empreendimentos da Lex-Corp. Logo, alguém aí nessa história iria ficar muito chateado.

O Cavaleiro das Trevas Em Metrópolis (Jerry Ordway, Dennis Janke, Dan Jurgens, Art Thibert, Roger Stern, Bob McLeod, Brett Breeding)
Um assassino leva Batman até a terra de Superman. Mas os dois não se dão muito bem, além do alienígena (sim, ele é, não reclamem) não ir com a cara dos métodos do humano. Logo, Wanye mostra as trevas da grande cidade à ele. Kal se surpreende com o quê vê, e percebe que nem tudo se resume à grandes vilões, pois às vezes, os maiores perigos estão escondidos.
No filme, o quê vai levar Batman até Metrópolis é o fato da invasão alienígena do qual a cidade foi palco. Além do quê, um satélite da Wanye Enterprises foi destruído no confronto entre Kal e Zod.

O Cavaleiro das Trevas (Frank Miller)
Não é necessário dizer que a HQ é muitíssimo boa, e que todos os fãs deveriam ler, ou assistir aos filmes animados baseados nela. Nela, um Batman mais velho ACABA COM A RAÇA do Superman. Ela é a que mais deve servir de base para o longa-metragem.
"Os Melhores do Mundo", "Inimigos Públicos" e partes dos "Novos 52" também dever servir de base.

domingo, 18 de agosto de 2013

Percy Jackson e o Mar de Monstros

Pior ou melhor que o primeiro? Isso depende de quantos anos você tem.

Se "O Ladrão de Raios" se propôs a ser um filme adolescente baseado em distorções da mitologia grega, "Percy Jackson e o Mar de Monstros" se baseia nas mesmas distorções propostas por Rick Riordian em sua saga literária, mas tentando ser mais teen do quê antes, acaba se tornando um filme infantil. Nunca achei que a incrível mitologia grega pudesse ser tão infantilizada assim. Nem os atores conseguem salvar a sequência.
Percy (Logan Lerman) e seus amigos semi-deuses se achavam seguros de tudo e de todos no Acampamento Meio-Sangue. Mas não estão. Algo conseguiu penetrar a, até então, barreira impenetrável que os permeava lá dentro. E então, mais que obviamente, lá vão Jackson e seu grupo de amigos - que agrega novidades ao elenco -, impedir o iminente fim de todo o quê eles prezam. Premissa não mais que previsível e em certo ponto muito forçada. Um agravante disso é a montagem aceleradíssima que não dá espaço para respirar: onde está a emoção que deveria haver entre os personagens? Parece tudo artificial. Parece não, é. Nem Lerman, um dos melhores atores da atualidade, se não o melhor, consegue salvar o filme. Na verdade, é a pior atuação da vida do jovem ator. Existem momentos que vão ser lembrados como "vergonhosos" em sua carreira. Brandon T. Jackson, mais uma vez, acaba de vez com qualquer resquício de esperança com seu Grover, que nem consegue ser engraçado, o quê é o seu papel basicamente.
Uma outra coisa, a prova total da infantilidade do filme, é a ação. Thor Freudenthal faz sequências de ação para crianças. Mesmo. A primeira delas, com um touro metálico, é uma das piores do ano, com um final digno de tremedeiras e chiliques do animal. A trilha sonora, que nada acrescenta de novo e em um certo momento me lembrou uma cópia mal feita do main theme de "X-Men", acerta em mostrar o quê a ação se propõe a nos dar: nada.
Bom, até agora, não disse nada de bom, não é? Pois é. Não vi muitas coisas boas. A sessão em que fui estava repleta de fãs da saga. E mesmo assim, nenhuma das garotas esboçaram reações de alegria, ou até mesmo gritinhos de emoção - mesmo quando cenas importantes do livro apareciam. Se gostaram ou não, aí já é outra história.
No final, filme tenta melhorar a bomba que o primeiro foi, mas ao mesmo tempo que consegue, passa longe. Como disse no subtítulo da crítica, sua idade é que faz o filme. Uma pessoa um pouco mais velha, vai ter uma bagagem cinematográfica/literária maior do que pré-adolescentes. Não estou sendo, digamos assim, "preconceituoso". Sei que muitas crianças mesmo sabem tanto de cinema quanto eu. Mas a maioria não. Mas um dia vão saber, e quando souberem, Percy Jackson e o Mar de Monstros vai parecer apenas um amontoado de referências à mitologia greco-romana, porém apenas nos distantes Estados Unidos da América. Bom, pelo menos, serve para fugir de "Os Smurfs 2" e levar seus filhos para verem algo um pouquinho melhor.
Pra mim, a melhor coisa do filme é a breve aparição de "Richard Castle" em meados da trama. 5 minutos que fazem a diferença.

sábado, 10 de agosto de 2013

Círculo de Fogo

Visual impecável e história simplista conseguem agradar a todos os públicos, de todas as idades.



Desde os primeiros minutos do filme, já nos vemos em meio aos kaijus e jeagers travando uma guerra de cores intensas e com um visual de tirar o fôlego. Aliás, muitos momentos tiram o fôlego dos espectadores. O filme dos robôs gigantes de Guilhermo Del Toro é não só uma carta de amor aos tokusato (gênero japonês que basicamente consiste em heróis contra monstros colossais), mas também um recomeço, desta vez no ocidente, ao gênero que, possivelmente, dessa vez vai ficar cravado em Hollywood por um longo tempo - assim espero.
O mundo nunca imaginou a presença de monstros de 25 andares de altura no fundo do oceano pacífico. Mas eles chegaram, pegando o povo de surpresa. Depois de um tempo, em que vários e vários kaiju, monstros gigantes, chegaram a nossa superfície, matando milhões de pessoas, o mundo tomou uma iniciativa com os Jeagers, robôs tão grandes quanto, preparados para tudo. Ou quase tudo. Aí que entram nossos heróis, que devem ser aqueles que vão "cancelar o apocalipse". A escolha do elenco, feita pelo Del Toro em si, é muito boa. Charlie Hunnam não pode ser considerado em si o protagonista com seu Raleigh Becket, já que existe uma boa divisão de responsabilidades no roteiro do filme, mas toma para si o papel, conquistando o público feminino - andando pelos cantos sem camisa-, e também o masculino - descendo o cacete dentro e fora dos robôs. Idris Elba, o Marechal Pentecost, também é um papel completamente indispensável a trama. Trama esta simples e direta.
Não há momentos que te forçam à reflexão, mas se pensarmos mais na trama, eles existem. Mas basicamente, a trama nos envolve e nos leva a nos divertirmos. Os conflitos entre os personagens, por exemplo, são apresentados em meio à ação, mesmo que no momento seja ela pequena. Mas só nesses momentos, já que o longa tem as melhores cenas de ação do ano. Estas protagonizadas por robôs gigantes contra monstros gigantes. Parece muito bobo, mas durante o filme você sente o medo que nos anos 80 eles não te passavam.
Uma crítica dessas não pode ser grande, já que não podemos entregar spoilers. Resumidamente, o filme se consagra como o retorno do tokusato ao imaginário pop. Um visual perfeito, criado com quase 200 milhões de dólares no orçamento, que cria uma imersão incrível. Eu aconselharia a ver com os amigos, reunir a galera e ir assistir. Porquê em muitos momentos você vai querer se expressar. Vôos, saltos, pulos e socos de foguete são incríveis e fazem muitos lembrarem de sua infância assistindo aos antigos programas da TV Machete. Ou, aos novos, lembrando dos Megazords invadindo a TV Globinho. Mas tudo isso no tom "adulto" que isso necessita. O quê aconteceria se tudo isso fosse real? A economia mudaria? Os países mudariam suas comunicações? O povo mudaria seus conceitos? Por alguns instantes, se ponha no lugar dos cidadãos e sinta o quê eles sentem. A experiência de assistir a Círculo de Fogo é única. E vale e muito a pena gastar mais um dinheirinho e ir assistir a mais uma vez.

sábado, 3 de agosto de 2013

RED 2 - Aposentados e Ainda Mais Perigosos

Sequência mal orquestrada acaba com o que o primeiro conseguiu construir

Nos primeiros minutos, o longa é muito bom. Mas a qualidade declina ao ponto que história vai sendo mais apresentada e outros personagens vão lotando a tela. Muitos deles mal aproveitados, outros mal conduzidos, em momentos de pura descaracterização tanto da HQ em que é baseado quanto do primeiro filme - apesar de, em vários momentos, o diretor tentar emular a forma de filmar a ação de seu antecessor. Filme diverte, pouco aliás, e pára por aí.
Frank Moses (Bruce Willis) está vivendo tranquilamente com Sarah (Mary-Louise Parker), sem matar ninguém, ou participar de missões secretas. Ou seja, realmente aposentado. Porém, quando Marvin (John Malkovich) reaparece visivelmente preocupado com sua segurança, as coisas mudam e a trupe tem que voltar a ativa. A premissa do filme parece ser novamente "capturem Frank porquê ele é um aposentado perigoso", mas é bem mais que isso. Algo perigoso vem aí, e toda ajuda é necessária. É aí que entram os novos coadjuvantes. Muitíssimo mal apresentados ao público.
A amostra perfeita desse erro é a apresentação da personagem de Catherine Zeta-Jone, Katja. Não sabemos se ela é algo ou não é, se gostamos dela ou não. Não sabemos nem se ela é sexy ou não, uma coisa que deveria ser expressa a cada andar da bela mulher. A má condução de Dean Parisot, o diretor, é o que acaba com o filme. Peguemos um grande ator como Anthony Hopkins, botemos ele atuando de forma engraçada, mas filmemos de forma séria. É claro que não funciona, e assim, estragamos uma atuação inteira e priorizamos outras bem piores, como a de Parker, que tem uma personagem grande demais para a história e em certos momentos enjoa. O humor, fraco, fica a cargo de Malkovich que se salva no filme, sendo o melhor personagem disparado! Isso ao lado de Helen Mirren e sua Victoria (que tem uma das melhores cenas de ação, que ainda assim é ruim). Acho que se retirassem Sarah da trama e focassem mais em um conflito menor, o filme seria muito melhor.
Alguns nesse ponto da crítica devem estar achando que eu estou falando demais de personagens e trama, e não da ação, que é o ponto alto do filme. Pois eu digo que não é o ponto alto. Nem de longe. São realmente os personagens que salvam o filme. Isso porquê a ação é pífia! Os únicos momentos de "inspiração" são na verdade uma cópia mal feita do primeiro RED. Mal feita mesmo. Como eu disse, a melhor cena de ação do filme é protagonizada por Helen Mirren, é numa perseguição. Os tiros em câmera lenta ficam perfeitos. A cena dura 10 segundos. Todos os momentos bons, que nos lembram o primeiro filme, ou que acrescentam algum elementos visual novo, são poucas e muito rápidas. Elas passam e você nem vê.
Mas apesar disso tudo, o quê mais chega a irritar é a trilha sonora. Ou a falta dela. Obviamente, não contei, mas arrisco dizer que são 3 músicas tocando em loop o filme inteiro. Isso dói os ouvidos e dá uma enorme sensação de monotonia. Como se os personagens também estivessem em loop.
No final, o filme não agrada nem aos fãs da HQ, nem aos fãs do primeiro filme - como eu. Dean Parisot desconstrói ambos os universos para dar a sua própria versão tímida, medrosa e mal conduzida. É como um iniciante, fazendo um trabalho apressado para a faculdade de cinema. Um trabalho de milhões de dólares.