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domingo, 7 de julho de 2013

Crítica "O Homem de Aço"

Superman, o Deus, agora nos cinemas

75 anos após a criação do maior personagem dos quadrinhos de todos os tempos, Warner Bros. entrega um filme com um novo Superman, num mundo já mudado, para um novo público sem exagerar na dose. E principalmente, sem titubear, fez um dos melhores filmes de super-heróis da história do cinema.
O filme nos apresenta um novo Clark Kent, interpretado lindamente por Henry Cavill, em busca de quem realmente é, procurando em si mesmo qual homem ele pretende se tornar. A emoção das descobertas de Clark é um dos pontos altos do filme, mas é exatamente nisso em que se concentra - por mim - seu único grande erro: a montagem acelerada. Muitas cenas importantíssimas para o enredo tiveram pouco destaque, como se estivessem ali para preencher uma lacuna. Conversas com os pais - biológicos ou não - parecem encurtadas para que a ação e também Krypton tenham mais destaque.





E o planeta natal de Clark, digo, Kal-El, tem suma importância no filme. Krypton, por exemplo, abriga uma das mais belas sequências de ação do longa. E não é só ação. O enredo gira em torno do fatídico destino do planeta, sendo assim, tão importante quanto a Terra. Jor-El, pai biológico de nosso protagonista, tem um grande papel, o que nos filmes antigos de Christopher Reeve não acontecia. É a prova que as mudanças que vieram 
com o diretor Zack Snyder chegaram para melhorar o que já era bom.
Mudanças no tom que opta por algo mais real do que antes, mostrando pensamentos e reações que nós, espectadores, pudéssemos ter ao descobrir a presença de seres alienígenas andando entre nós. Mudanças na trilha sonora, que apagou da memória a clássica de John Williams e pôs no lugar temas tão bons quanto. Ameaçadores, tranquilos, perfeitos. Temo em dizer que se fez uma trilha sonora digna de Oscar. Assim como os efeitos especias - lindos até mesmo num 3D convencional convertido.
Mudanças nos personagens que ecoam no nosso imaginário, como Lois, Lara e Martha, Perry. Clark.
O general Zod de Michael Shannon faz o que o John Harrison de "Além da Escuridão - Star Trek" chegou longe de conseguir: um vilão ameaçador, sem criar esteriótipos exagerados e sem nenhum momento parecer desmotivado. Esse sim é um vilão que merece ser comparado com o Coringa de Heath Ledger.

A direção de Snyder, e a produção de Christopher Nolan, responsável pela trilogia do Batman, junto do roteiro de David S. Goyer dão a liga que o filme precisaria. A ação paralisante de abrir um sorriso no rosto, junto da realidade e de uma história que emociona. Tudo o que nos propuseram em trailers, featurettes ou qualquer outro tipo de prévia está aí, nessa junção de novos mestres do cinema.
Poderia passar o dia escrevendo sobre isso, mas não chegaria a lugar nenhum. Se você quer saber da parte técnica do filme, ela está impecável. Assim como roteiro e direção. Mas o que rege a qualidade do longa é o que ele transmite por baixo de toda e qualquer imagem.
É uma história para os fãs e para os não fãs do Superman, que no fim agrada a todos. É o início de uma franquia ( se você é desse tipo de pessoa, procure por easter eggs, pois eles existem) e um grande passo para o esperado filme da Liga da Justiça.
Mas além de tudo é um filme que te prende do início ao fim. Que te faz refletir em alguns momentos sobre nossa fraqueza perto da grandiosidade do Universo, e do nosso próprio mundo. Que nos diz que a fé é importante. Não fé em um Deus, mas fé no nosso potencial. Fé no que podemos nos tornar, e o quê quer que nos tornemos, pode mudar o mundo.
O que eu digo à você que deseja assistir ao filme, vá sem medo. O melhor grande filme do ano te espera. "O Homem de Aço" vai te mostrar o novo e melhorado...

Superman.

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