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domingo, 3 de agosto de 2014

As melhores campanhas virais dos filmes!

Existem inúmeras formas de se vender um filme. Pôsteres e trailer são basicamente o alicerce de toda a propaganda de cinema, mas, principalmente hoje em dia, não há nada mais infalível que a Internet. E o quê é a coisa mais fácil de se fazer nela? Fingir. Mesmo não tendo surgido nela, os chamados "virais" - campanhas publicitárias baseadas em notícias, vídeos e sites falsos - se popularizaram e viraram uma das melhores formas de se chamar a atenção do público.
Abaixo, algumas das melhores e mais interessantes campanhas virais do cinema!

"Prometheus" (Idem, 2012)


O filme pode ter dividido opiniões, mas aquela propaganda do androide David 8 realmente deu vontade de ter um robô desses em casa! Apresentando todas as funcionalidades do produto, o pequeno vídeo já dava a entender um pouco do clima do longa-metragem e foi uma ótima forma de se apresentar um personagem. E como se não bastasse, ele ganhou uma parte especial no site da Weyland Industries só pra ele, que pode ser acessado clicando aqui. Aliás, todo o site é muito interessante de ser explorado. Tomara que na sequência do filme, depois de darem uma explicada naquilo que fizeram, poderiam dar mais detalhes sobre a corporação e apresentar coisas novas.

"O Espetacular Homem-Aranha" (The Amazing Spider-Man, 2012)


Essa quase ninguém sabe, porquê não fez nenhum sucesso e não foi comentado. Mas, mesmo assim, vale a pena comentar. Capitão Stacy, como todos sabem, foi responsável pela caçada ao vigilante mascarado conhecido como "Homem-Aranha" e é claro que os repórteres não iriam sair do pé dele enquanto a identidade do "herói" não fosse descoberta. E o mais interessante disso foi apresentar o Clarim Diário como uma telejornal, e não como o conhecido jornal impresso. O Clarim ainda voltou como tumblr na divulgação de "O Espetacular Homem-Aranha 2".

"Transformers - A Era da Extinção" (Transformers - Age of Extinction, 2014)


A única coisa boa do filme de Michael Bay foram os virais. Sites, notícias, pôsteres - todos nos alertando dos perigos de se ter um transformer por perto. Viu o número ali no pôster? Pois saiba que ele funciona e, ligando para ele, te avisa para denunciar qualquer robô alienígena que você chegar a conhecer por aí. O site para a prevenção, também criado, tem um nome bem chamativo : Transformers São Perigosos.

"Jogos Vorazes - A Esperança - Parte 1" - (The Hunger Games - Monckingjay - Part 1, 2014)


Nem preciso dizer que a Internet parou quando saiu o primeiro vídeo do começo do fim da saga. O quê ninguém imaginava era que, ao invés de vermos Katniss Everdeen  mostrando toda a sua beleza em roupas coladas, o quê vimos foi um breve discurso do Presidente Snow alertando o povo dos distritos. Logo depois, mais um vídeo saiu, em que ele era interrompido e ouvíamos a primeira menção ao "tordo". Belíssimos pôsteres mostrando os heróis de cada distrito também foram lançados. O problema é que parece que agora vão focar mais na propaganda convencional. Mas os virais estão bem mais legais.

"A Bruxa de Blair" (The Blair Witch Project, 1999)


Em minha humilde opinião, o melhor filme estilo found footage já feito e um dos filmes que mais me deixaram tenso ao assistir. Aos que nunca viram, aconselho que assistam o mais rápido possível!
Ao filmar um documentário sobre - advinha - a famosa bruxa de Blair, 3 jovens se perdem na floresta. O quê os produtores queriam era que TODO MUNDO acreditasse nisso. E deu certo! O filme ficou anos como o que mais lucrou no cinema de todos os tempos e tudo graças à histórias que foram espalhadas, jornais que noticiaram o desaparecimento dos jovens e até um documentário feito para contar a vida deles. Tudo isso 15 anos atrás e sem usar a Internet pra nada! Incrível.
Muitos filmes de terror tentaram copiar a estratégia - "Atividade Paranormal" e "Contatos de 4º Grau" quase conseguiram - mas nada se compara à Bruxa de Blair. Pena que o segundo filme veio e estragou tudo, mas... fazer o quê? Merda acontece.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Guardiões da Galáxia

Você vai rir, vai chorar e ainda vai querer mais. Não, pera...

Quando "Guardiões da Galáxia" foi anunciado, a única coisa que me vinha pela cabeça era... Quem?! O grupo, nada conhecido do público, foi o passo mais arriscado a ser tomado pela Marvel Studios desde o primeiro Homem-de-Ferro. Mas se existe uma coisa que o estúdio sabe fazer é surpreender, pro lado bom e pro lado ruim. E dessa vez, definitivamente, não foi pro lado ruim. A prova definitiva de que os caras não tem medo. Caros colegas, o filme é muito, mas muito bom mesmo. Pro desespero das inimigas.
Peter Quill (Chris Pratt) foi tirado da Terra ainda quando era criança e levado para uma galáxia distante. Tendo crescido entre foras-da-lei, acabou por se tornar um : o lendário Senhor das Estrelas. Não que alguém se lembre disso ou saiba quem ele é. O importante é que essa vida de crime irá o botar no caminho de mais criminosos : um brutamontes que leva tudo à sério (Drax, Dave Bautista); uma mulher criada para ser uma máquina de matar (Gamora, Zoë Saldaña); uma árvore gigante (Groot, Vin Diesel); e um guaxinim tagarela (Rocket, Bradley Cooper) . O quê ninguém imaginava era que o destino de bilhões de pessoas estaria nas mãos "desse bando de perdedores", pois Ronan, O Acusador (Lee Pace) está prestes a destruir tudo.

E ninguém pensaria que uma junção de alienígenas coloridos, muita computação gráfica e músicas dos anos 80 funcionaria tanto assim quando juntas. O filme poderia ser descrito como um punhado de raças e cores lutando ao som de Blue Swede e The Runnaways. Por falar em músicas, você vai querer sair do cinema com as músicas do walkman de Peter, porquê são excelentes, complementando à belíssima trilha sonora composta. Cuidado para não se pegar dançando e cantando durante à exibição nos cinemas.
Não é preciso dizer que a computação gráfica é excelente, não é? Não se cometeria o erro de se descuidar numa produção complicada dessas. Groot e Rocket estão incríveis, assim como outros personagens criados por computador. Porém,o quê torna o filme lindo de se ver é a maquiagem. Arrisco dizer que, se "Vovô Sem Vergonha" conseguiu concorrer a um Oscar, "Guardiões da Galáxia" é obrigatório na lista.
As atuações estão dentro do esperado, dando espaço para Cooper brilhar com seu guaxinim, uma metralhadora de tiradas. Seu parceiro de cena, Diesel, tem ainda mais carisma, mesmo tendo apenas uma fala : "I am Groot". Cada cena com os dois é certeza de risada. O único erro é desperdiçar ótimos momentos acelerando a narrativa. Logo que se sai de uma cena importante, somos 'abduzidos' para outra, sem tempo para a digestão dela.
O quê mais surpreende é a falta de medo por parte da Marvel. Um grupo desconhecido numa era de reboots, remakes e sequências, com referências à coisas da época em que metade do público não havia nascido. E com uma árvore e um guaxinim. Sem explicação. Parece até uma dica para a rival. E tomara que ela a veja.

domingo, 13 de julho de 2014

Dia do Rock - Especial Ramones



No último dia 11, o último integrante dos Ramones, Tommy Ramone morreu. A banda é um dos ícones do Rock e, como hoje é o dia escolhido para o estilo, aqui está nossa pequena homenagem. Não só à Tommy, mas também à Dee Dee, Joey, Johnny, Elvis, C.J., Marky, Richie e todos os fãs da banda.
Essa são minhas 5 músicas preferidas dos caras. E admito : não sou fã, mas reconheço sua importância.


"Spider-Man"

Já dá vontade de ir correndo assistir aos filmes do Sam Raimi ou àquele lindo desenho dos anos 60!

"Blitzkrieg Bop (Hey Ho, Let's Go)"

Não há ninguém que não conheça essa música! Aposto que já disseram "Ei" e você completou com "Ho, Let's Go", correto?


"Sheena is a Punk Rocker"

Sheena era punk. E depois dos Ramones, todo mundo quer ser um pouco punk também.


"Poison Heart"

Um sucesso da banda mesmo após integrantes saírem dela. Tommy, por exemplo, saiu por não gostar das grandes turnês.


"Surfin' Bird"

Originalmente dos Trashmen, pra fechar nossa mínima lista, essa música que não vai sair da sua cabeça nunca mais.

Como eu tinha dito, não sou um grande fã. Mas esse Dia do Rock só poderia ser dedicado à eles.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

O melhor nono episódio de Game of Thrones!

Este texto possui spoilers.


A primeira cena que assisti de "Game of Thrones" foi o Casamento Vermelho. Foi o Alexandre - outro editor do blog -, que me convenceu. Achei interessante e, principalmente, com um visual bacana. Mas o fato de simplesmente massacrarem metade do elenco foi o quê mais me chamou a atenção. Que diacho de série do nada faz uma coisa dessas?! Em menos de 2 meses, eu - o cara que não consegue acompanhar nenhuma série - tinha terminado todos os episódios, da primeira à terceira temporada. E o quê isso tem a ver com este texto? Nada. Eu só queria dar uma introdução sobre como eu aprendi quão importante foi aquele nono episódio da terceira temporada de GoT.

Ah... os nonos episódios. Todo fã sabe o quê isso significa. Morte. Reviravoltas. Morte. Momentos marcantes. Mortes. E matança também. Quando esta quarta temporada estava pra sair, Alan Taylor havia prometido que cada episódio seria como um desses nonos. Surpreendentes (e com mortes). E a promessa foi cumprida! Joffrey sendo morto, Lady Arryn sendo morta, Oberyn sendo esmagado (f*da), Arya matando... Reviravoltas, discursos, amadurecimento de personagens (Sansa, por exemplo, ficando cada vez menos sonsa) e etc. É a melhor temporada até agora e os números provam isso. "Game of Thrones" tem uma média de 18 milhões de espectadores por episódio. 
Mas a pergunta que fica é a seguinte : matar todo mundo ainda é uma boa jogada? A minha resposta é : sim, mas só por enquanto.

Obviamente que, sendo baseado nos livros de George R. R. Martin, morreu lá, morreu aqui. Porém, fazer cada morte um grande acontecimento a cada episódio uma hora vai acabar com a surpresa. E é por isso que a busca por novos meios de se surpreender o público é importante. E é por isso que eu digo que...
..."The Watchers On The Wall" é o melhor nono episódio de todos. E tenho dito.
Nele, acompanhamos a esperada batalha na Muralha, onde a Patrulha da Noite deve se proteger da invasão dos selvagens liderados por Mance - o Rei-Pra-Lá-Da-Muralha, que não aparece. A premissa já é ótima mas a execução é o quê há de melhor. Assim que tudo terminou, pensei comigo mesmo : "Cara, mas isso é cinema e não TV!". As diferenças entre as mídias são óbvias até para o mais leigo. Só que dessa vez, as mídias, de certa forma, se unem. Até a trilha sonora, mesmo que fraca, tem um pouquinho do estilo Hans Zimmer de fazer música. A fotografia tem um poucão dos embates de "Senhor dos Anéis" e o CGI, já usado aos montes, invade a tela - em alguns momentos até demais.

O clímax de todas as temporadas de "Guerra dos Tronos" é o penúltimo episódio. Torná-lo um terceiro ato de um filme hollywoodiano foi um golpe certeiro. Um só lugar, um só núcleo, e uma motherf*cking batalha já seriam suficientes para marcar este episódio como um dos melhores. Mas algo foi ainda melhor. Os personagens foram muito, mas muito bem mostrados. Jon Snow evolui (Kit Harrington em atuação, principalmente), Sam se prova de uma vez por todas como o gordo que NÃO É inútil e nem chato e os coadjuvantes da Muralha, como Pyp e aqueles comandantes chatos, tem, cada um deles, seu próprio momento. Sabe o quê isso me lembra? O último filme de Harry Potter. Sabe o quê isso significa? Nada, além de quê isso é muito bom.
A surpresa aqui é de não ser surpreendente ao extremo, de não matar para criar o clímax. "Game of Thrones" não tem que ter isso a todo instante. O lance é só fazer direito. A morte de Ygritte, apesar de inesperada, não foi tão marcante quanto a de Grenn.
As pessoas vão continuar morrendo e isso é uma certeza. Mas esse nono episódio me dá a esperança de que a série vai tomar um rumo um pouco diferente, onde morrer não é o maior negócio.

sábado, 31 de maio de 2014

Where in the world is Carmen SanDiego?

Alguém ai lembra?


As aventuras da ex-agente da ACME fez parte da infância de muita gente, e fez parte da minha também, apesar de não ser da minha época. Infelizmente é um sucesso esquecido, a serie e jogos da agente foram um dos maiores sucessos dos anos 80 e 90, mas esse post aqui é voltado ao game, que eu posso dizer com certeza que é um dos melhores games que existem, é um daqueles que você não enjoa, comparável a Mario e PacMan.
O jogo, com aquele gráfico completamente simples, visual retro e um pouco desatualizado ate para a época, tinha um objetivo simples, encontrar Carmen SanDiego, mas antes você precisava encontrar outros bandidos, e aumentar seu nível, ser promovido como agente. E esse enredo seguia juntamente a serie de TV(desenho).
 Fui apresentado ao jogo gracas ao meu pai, que jogava e me fez nascer com um mouse na mão procurando a Carmen e matando zumbis em Zombies Ate My Neighbors. E de fato, esse jogo foi responsável por uma parte imensa do meu desenvolvimento mental, pois o jogo funciona basicamente assim, você recebe a ordem para procurar o bandido, viaja pelo mundo ouvindo testemunhas e pegando dicas, quando você tiver perto de descobrir quem é (você recebe uma lista de suspeitos), você emite um mandato de prisão, um detalhe interessante é que mesmo se encontrar o criminoso mas não tiver um mandato você perde e ele não pode ser preso. O jogo é simplesmente incrível e você pode ter 12 ou 62 anos que ele ainda vai ser complicado, você recebe dicas de características dos criminosos a partir de testemunhas em vários locais da cidade, pistas como tatuagem ou a cor da bandeira do próximo pais que o criminoso vai. Agora imagine eu, com 8 anos de idade, viciado nisso, com um geoatlas numa mão, que alias era o único objetivo de eu ter um geoatlas, e um dicionario de inglês na outra. Anotando as pistas, olhando a ficha de suspeitos, e completamente revoltado depois de 6 horas ali sem pegar 1 maldito suspeito. HAHA. De fato, eu jogo desde que me entendo por gente, mas só fui conseguir me promover aos 15 anos, demorei muito, mesmo assim só consegui o primeiro estagio e nunca prendi a Carmem.
 Esse é um jogo que vale muito a pena jogar, gracas a ele eu sei pontos turísticos da Russia a Armênia, do Canada as Filipinas, e as cores da bandeira da Africa do Sul a Irlanda. Alias, aprendi que uma pessoa com uma tatuagem de caveira no pescoço provavelmente é um ladrão de joias.

Um dos maiores problemas do jogo agora, é que ele simplesmente não existe, se não tem um console da época e jogo original, você ate encontra para download, mas ele é de Windows XP, e você precisa de uma bagunça imensa pra rodar ele em sistemas modernos, mas é possível, eu jogo assim, só tenho outros 3 programas instalados. Em 2011 surgiram boatos de que o jogo estaria disponível no Facebook, como aqueles que você recebe convite o tempo todo. Mas, eu não encontrei, infelizmente. Então, lembrou de décadas passadas? Ficou curioso com esse clássico? Quer melhorar sua nota em geografia? Ta pensando em virar detetive? É só correr la, instalar, e me responder.

Onde está a Carmen SanDiego?


sexta-feira, 16 de maio de 2014

Godzilla

O monstro detém o título, mas o filme não é dele.

Adoro quando diretores novos vão pra Hollywood. Fico animado por suas estreias, mesmo quando nunca ouvi falar deles. Quando José Padilha foi confirmado em "Robocop", pulei de alegria e fui correndo assistir ao filme. O resultado foi bom, o quê confirmou minha torcida e me fez sentir orgulho do cara - mesmo que ele não precise disso vindo de mim. Em "Godzilla" (Idem, 2014), na comemoração de 60 anos do monstrengo, Gareth Edwards estreia de verdade em Hollywood. Logo, fiquei animado por isso. Ainda mais por ser um filme do maior monstro da cultura pop de todos os tempos. E, quando não tinha mais pelo quê se empolgar, veio aquele primeiro trailer, focando mais nos personagens humanos e mostrando apenas relances de Gojira. Só que o filme estreou, eu assisti e realmente... só vi relances do monstro.
Há 15 anos, o Dr. Serizawa (Ken Watanabe, que deu azar de ter pego um personagem tão ruim) fez uma grande descoberta. Literalmente. Porém, tal achado fugiu antes que algo pudesse ser feito. Tempos depois, um terremoto fez com que Joe Brody (Bryan Cranston), um engenheiro de uma usina nuclear, perdesse sua esposa num acidente. O tempo passou. Seu filho, Ford (o Kick-Ass Aaron Taylor-Johnson) cresceu e superou as perdas, Joe não. E as descobertas foram tapadas, como sempre. Até que, num frenesi de coincidências, nos vemos finalmente no meio de monstros gigantes. Mas, não. Não é o do título.
São os chamados MUTOs. Um deles, referência a Mothra (famoso rival das antigas aventuras do nosso lagartão). Seres que lembram insetos, mas que não botam medo. É na revelação deles que os problemas começam a se revelar.
As atuações, que já não estavam boas, parecem piores já que, por mais estranho que soa, ninguém se assusta com um grilo do mal de 100 metros de altura. Não choram, ou gritam, ou piram, ou ficam atônitos. Eu pararia pra assistir, mas meu irmão desmaiaria, se fosse real. As reações não são nada reais e isso não ajuda a criar o tal drama familiar proposto no início. Ouviu, Sally Hawkins?
MUITOS erros de continuidade chegam a incomodar demais; a trilha sonora é MUITO RUIM, sem ter um tema de peso; e o pior de tudo. NÃO TEM GODZILLA!
Obviamente, ele está no filme. Mas os MUTOs tiram todo o seu brilho - que, apesar do novo e incrível visual, é pequeno -. São os primeiros a aparecerem, os únicos que transferem medo e senso de ameaça (digo, deveriam transmitir) para o público e ocupam muito mais tempo de tela que o Godzilla. Isso em cenas em que ele poderia muito bem ter sido encaixado, como a da ponte, e em momentos curtos que poderiam ter sido estendidos, como sua primeira aparição. Isso é extremamente frustante. É como ir assistir ao filme do Batman em que a protagonista é a Mulher-Gato da Halle Berry. É o quê faz com que tudo se construiu se perca.
Se quisessem manter os outros monstrengos, diminuíssem o drama. Se quisessem os chororôs, tirassem um pouco do peso dos monstrinhos insectóides. Se quisessem fazer um remake de Godzilla, botassem o Godzilla.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Super Man Red Son

Ou como foi intitulado no Brasil, "Entre a Foice e o Martelo"! E eu sinceramente gostaria de saber quem foi que pensou nesse nome, faz sentido, mas ainda é péssimo.


  Sim, só de ver o que fizeram ao simbolo de ''esperança'' do Superman já sabemos que alguma coisa muito maluca esta por vir, e dessa vez o Mark Millar pegou pesado, mas não se preocupe, a DC usou a mesma desculpa que usou em 37 episódios, os eventos dessa HQ se passam em um universo paralelo e não afetam a cronologia atual. E se você não tem muito o nome do Mark Miller na sua vida, ele foi o responsável por escrever ''apenas'' O Procurado, Guerra Civil e Kick Ass.
   
 Entrando um pouco na trama da historia, imagine o que aconteceria se a nave do Superman tivesse caído em território soviético... isso mesmo, esqueça essa historia de fazenda, criado no meio do milharal, com o nome de Clark Kent, jornalista. Isso é tudo baboseira, nessa versão a nave do Superman cai em pleno solo Ucraniano! Ele acaba sendo criado na Russia Soviética e aprendendo os valores de la, e o próprio governo sabe de seus poderem, tornando sua identidade secreta um segredo de Estado, e acredite, o segredo é tao bem guardado que a revista não te diz quem seria o Clark Kent nesse universo. Algo como fizeram em V de Vingança.
 Basicamente a revista se baseia nisso, como seria a historia americana com o Superman do outro lado? Quem venceria a guera? Nesse ponto a revista te apresenta a seguinte ideia, te da um Superman com poderes praticamente ilimitados e com um pensamento socialista. Resultado? Ele decide o mais obvio, controlar o mundo todo, se declarar líder supremo e vigiar o planeta para que nada que considere ruim aconteça.  E no desenrolar disso a DC faz aquela brincadeira de te deixar decidir se ele é um herói, um vilão, ou um anti herói badass que você ama. E não se engane, o Superman não tem nada do modelo americano, de fato ele toma algumas medidas drásticas para manter o controle sobre as pessoas, coisas realmente invasivas e duvidosas. No meio desse debate sobre apoiar ou não o Superman, aparece o Lex Luthor, que não concorda com a politica, o resultado disso é você acreditando que o Lex Luthor é na verdade o herói da historia toda! Eu sei que pode ser difícil imaginar tal situação, mas nessa ''''''''novela'''''''' o Superman tem um papel realmente tirano, o Lex Luthor aparece como o homem que vai libertar a humanidade. Só pra te dar uma ideia do nível de tirania, para facilitar a vigília do planeta e registrar todos os crimes, o Superman seleciona algumas pessoas, finca uns aparelhos eletrônicos nos crânios delas para ter controle sobre elas e funcionarem como vigias.
 No final das contas essa HQ de três episódios vai explodir sua mente, você vai receber a ideia do Superman tirano, mas por outro ela deixa muito bem explicado que ele só quer o bem, que ele faz isso para a humanidade permanecer em segurança.
 Caso não tenha se interessado pela historia, a HQ acaba valendo sua atenção pelas cenas, você tem frases de efeito, ilustrações fodasticas , e aquilo que não pode faltar em uma revista do Superman, uma cena dele apanhando feio do Batman! Alias, uma coisa você não pode perder nessa historia, não vou falar nada, mas as paginas finais vão te tirar o sono, te fazer gritar, passar mal, e ter orgasmos! Sim, o final é tao bom assim, é mítico!

Superman Red Son com certeza vale a leitura! E é uma daquelas HQs que vão valer fortuna daqui uns anos, eu já rezo pelo dia que eu vou ver essa historia no cinema! E só pra finalizar o texto, uma imagem que resume o nível de radicalismo do Superman e da historia em geral.


sexta-feira, 2 de maio de 2014

O Espetacular Homem-Aranha 2 - A Ameaça de Electro

Repetindo os erros e os acertos do primeiro filme.


Muitos, desde que o recomeço do universo aracnídeo nos cinemas foi anunciado, repetem o mesmo mantra : "não queremos reboot, Sam Raimi e Tobey Maguire são os melhores e intocáveis" e etc. Depois do primeiro longa de Marc Webb ter chagado às telonas, isso se confirmou. Quase ninguém gostou e pra piorar, todos os envolvidos estavam confirmados na sequência. Eis que ela chegou aos cinemas "O Espetacular Homem-Aranha 2 : A Ameaça de Electro" (The Amazing Spider-Man 2 : Rise of Electro) repetindo tudo o quê erraram e acrescentando novos erros, mas, ao mesmo tempo, dando ênfase a todos os acertos de 2012.
Peter Parker (o espetacular Andrwe Garfield) já está acostumado a ser o amigão da vizinhança. Mesmo tendo alguns momentos em que fica difícil separar as duas vidas, o rapaz pegou a manha. Nova York também. Uma das coisas que mais chama atenção ao longo do filme é que ninguém têm medo de se machucar durante as lutas do Aranha com monstros gigantes e aberrações : cercas em volta do perímetro são montadas para que o público assista a tudo "em segurança". Me lembrou muito a situação do herói na cultura pop de hoje em dia : ele precisa e quer público. O amor que absolutamente todos - até a polícia - é o quê os produtores querem que nós possamos ter de verdade. O quê cabe exatamente à descrição do vilão Electro (Jamie Foxx) que nunca teve a atenção de ninguém mas, quando finalmente a tem, seu herói a toma. O público é a motivação do vilão e também do filme. Óbvio.Todo produtor quer dinheiro. Mas poucos o conseguem fazendo algo para os fãs e não para si.


Mas calma. Não é que o filme seja apenas caça-níquel e esqueça tudo sobre o Homem-Aranha. Marc Webb melhorou muito a sua direção. Tudo o quê gostamos no primeiro filme está lá : as piadas estão ainda mais engraçadas, Emma Stone está ainda mais com a cara de Gwen Stacy e, meu Deus, o quê são aqueles movimentos? Olhar para a tela em alguns momentos é ver os quadrinhos - dado ao esmero gráfico e ao corpo esguio de Garfield. O problema é que pouco é acrescentado. Tirando os efeitos visuais e o 3D, nada mais a declarar. O resto são problemas. A edição continua apressada, a trilha ainda não tem um tema icônico (qual é, Sony, já é o segundo filme!!!), os pais de Peter ainda têm papel importante demais em sua vida, o quê tira o peso de tio Ben por completo da sequência. E etc, etc. Não ouviram ninguém e provavelmente não vão ouvir. Que pena. O potencial disso tudo é imenso.

Ainda sou daqueles que torcem para que o futuro do Spidey seja consagrado não só por uma boa trilogia, mas por essa quadrilogia de filmes que tinha tudo pra dar certo. Digo, tem. Que da próxima vez, Avi Arad - o produtor - dessa um pouco do pedestal em que se colocou e pare de estragar um dos maiores super-heróis de todos os tempos. Pelo amor de Deus, cara, chega. E também aceito novos roteiristas, obrigado.

Go Spidey!!!

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Game of Thrones - S4E1

Os Lannisters não são os únicos que pagam suas dívidas.

Depois daquele trágico nono episódio da terceira temporada, onde o Casamento Vermelho destruiu nossos frágeis corações, quem não leu os livros de George R. R. Martin ficou com um único pensamento : CHEGA LOGO 6 DE ABRIL! E eis que o dia chegou, a quarta temporada de Game of Thrones estreou, mas não cumpriram o prometido. Nem todo episódio será um nono episódio.
Logo de cara, Lannisters. A primeira parte do episódio se foca na família mais odiada e ao mesmo tempo amada da TV. Twyin Lannister, o grande patriarca, já nos brinda com uma cena incrível de abertura, bem mais simples e menos abrangente que as anteriores, mas ainda assim, importante. A referência à morte de Robb Stark mostra que o acontecimento é realmente um dos motores da temporada. Quais são os próximos passos do Rei Jofrrey depois da guerra praticamente ganha? Se casar é um deles, mas isso fica para a frente. Cersei e Regicida, digo, Jaimie, vão conseguir continuar juntos mesmo com tanta pressão? Tyrion e Shae vão ser descobertos e punidos? (Lembre-se de uma das frases de nosso duende nos trailers : "Veio me ver pela última vez?"). E os loirinhos de Porto Real agora têm mais uma coisa para se preocupar : Oberyn Martell, um príncipe de Dorne.
A frase do subtítulo é dele. E é com sua chegada em cena que as coisas ficam interessantes e finalmente, começamos a quarta temporada.  A ameaça é iminente. A conversa de Oberyn com Tyrion já nos situa de uma vez por todas na rixa entre as duas casas. E espero que muito mais venha dessa relação conflituosa.
O resto... O mesmo.  Jon Snow tenta convencer a Patrulha da Noite de que está certo e do lado deles; Daenerys - agora proclamada mhysa - continua em sua luta para tomar os 7 reinos/domar seus dragões/libertar escravos... E lá vem Arya, a melhor coisa do episódio.
Junto de seu companheiro não muito fiel Cão de Caça, ela continua seu amadurecimento e ainda nos brinda com mais uma grande cena de seu arsenal. E qual é o tema dela? Vingança. E é tudo sobre o vingança. Casa vingando casa. Filhos vingando pais. Altezas vingando altezas. Pois é... como dizem, ninguém pode sobreviver.
Apenas umas coisas deixaram a desejar. Como por exemplo... quase tudo fora da parte técnica. Em uma das entrevistas para a divulgação da nova temporada, Alan Taylor, um dos diretores, prometeu fortes emoções em CADA UM DOS 10 EPISÓDIOS. E foi o quê aconteceu? Não. O fato de prometerem algo explosivo mas ter o pavio longo não ajuda muito os novos fãs e também à alguns antigos, como eu, que erroneamente esperei algo a mais. E também tem o lado das relações entre personagens, em certos momentos, forçadas. O take que junta Cão de Caça e Arya escondidos em meio as árvores parece ter saído de um filme de comédia do século passado. Dany também sofre com isso, assim como Tyrion. 
Mas nada que tire o brilho da série mais aguardada dos últimos tempos. É só o primeiro episódio. Eu só espero que o pavio não demore a acabar.

A série irá ao ar todos os domingos na HBO, simultaneamente com os EUA.

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Noé

Darren Aronofsky fez... fez... Esquece, não consigo descrever.

Quando assisti ao primeiro trailer de "Noé" (Noah, 2014) logo pensei que estaria quase tudo nos conformes : o sonho, a arca, os animais e aquela única família unida, só que com um exército humano se rebelando contra a vontade de Deus. Porém, logo nos primeiros minutos de filme temos a certeza de que Darren Aronofsky, o diretor, vai além do quê a bíblia diz, do quê padres e pastores e líderes dizem, do quê outros longas-metragem dizem.... Mais uma vez, ele mexe com todos nós de uma forma que só ele consegue. De críticas ferrenhas às maiores declarações de amor, esse já pode ser chamado de um dos filmes do ano.

Deus está cansado da maldade dos homens. Por isso, vai até o mais puro deles, Noé, e lhe dá uma tarefa : construir uma arca para abrigar todos os inocentes antes que as águas caiam do céu e varram toda a Terra. Porém, quem são os inocentes? Os animais, sim, eles são e lá vão eles adentrando o grande barco. Mas os humanos são todos ruins ou há centelhas de inocência em alguns deles? É Noé realmente bom? Os valores de cada um são testados e isso é muito interessante. A humanidade tem toda a sua essência apresentada em pouco mais de duas horas. Um dos pontos fortes do roteiro é justamente nos forçar a nos ver ali - desde nossos desejos mais simplórios até nosso desprezo por nosso planeta -, o quê rende lindos diálogos e cenas muito bem boladas. E são nelas que vou me focar agora.
Aronosfky é conhecido pelo extremamente perturbador "Cisne Negro", onde usa da obsessão e loucura expressadas em imagens fortes e chocantes para deixar aquela agonia pairando no ar. Agora, ele faz parecido, porém buscando chocar de outra maneira : destruindo sua imagem de divino. Não me entendam mal, pois isso é bom. A ciência sempre foi excluída de filmes bíblicos e Deus sempre foi excluído de filmes de ficção. Em "Noé", tudo está interligado. Tudo no estilo Aronofsky. O quê se fala, não é o quê se vê. Enquanto nosso protagonista nos enche de Deus, a tela se enche de ciência e história.  O quê pode causar um pouco de confusão na mente dos religiosos mais fervorosos, mas que é um prato cheio para quem tem a mente mais aberta e livre de verdades absolutas e preconceitos. É o ponto alto de todo o longa-metragem : unir o quê ninguém consegue unir de forma correta e concisa e sem deixar nada de lado. Tão infiel e tão fiel às escrituras que fica difícil explicar sem dar spoilers.
As atuações não decepcionam. Jennifer Connelly e Emma Watson dão um show e Russell Crowe é o herói definitivo. E o vilão? Não vou nem comentar.
O lado técnico está tão incrível quanto tudo isso. O quê "Gravidade" foi no ano passado, "Noé" foi esse ano. Cada efeito visual é impecável, com destaque para os animais e também um certo 'elemento surpresa' acrescentado à história para dar um clima Hollywoodiano maior. O figurino, mesmo contraditório, ainda assim é lindo. Fotografia então.... Arrisco de dizer que alguns prêmios de uma certa Academia aí irão vir aos montes.
"Noé" é um espelho que reflete o ser humano. Não importa se há 5 mil anos ou agora, somos nós e não vamos mudar tão cedo. Um emaranhado de emoções e características que só nós, os homens, temos e que só nós podemos usar ao nosso favor. O problema é que usamos para o nosso mal. Nos destruímos, nos matamos. Onde vamos parar com tanto ódio desnecessário em nossos corações? Precisamos lembrar do quê nos mantém vivos : a compaixão. Divina ou não, é por ela que estamos aqui. O ódio não leva a nada. A esse ponto em que estamos, já deveríamos saber. Espero que após assistir ao filme, seu pensamento comece a mudar. Se Deus quiser.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Filmes que não fizeram muito sucesso, mas você deveria assistir #8

Amostras Grátis

Pela pouquíssima divulgação do filme aqui no Brasil (em grande parte pela HBO), tudo leva a crer que o filme é uma versão um pouco diferente de "O Lado Bom da Vida" e que é protagonizado pelo Jesse "Luthor Zuckerberg" Eisenberg. E graças a Deus, não é nada disso. É bem mais fofinho.
O filme conta a história de Jillian. Uma garota meio bêbada que, para prestar um favor a melhor amiga, tem que passar o dia presa num trailer de sorvetes dando amostras grátis à quem passa pela rua. Assim, ela vai conhecendo cada tipo estranho de gente que se possa imaginar : mendigos, nerds esquisitos, garotos mal-educados e por aí vai. E a única coisa que realmente sabemos sobre nossa protagonista é que ela não gosta de nada disso. De ressaca e cheia de problemas com família e com um tal de Danny, quem gostaria de estar às 10 da manhã e sem café atendendo pessoas que não querem sorvete, e sim, selos?
A melhor coisa nisso tudo é o humor despreocupado. Ele aparece, vai embora, e em nenhum momento é forçado ou faz falta. Não é calculado, mas mesmo assim é muito bem encaixado. Isso, graças à Jess Weixler, a atriz protagonista. De longe, uma das mulheres mais carismáticas que já vi atuando. Dá vontade de ouvir a voz dela o dia todo (por favor, não assista dublado) tagarelando sobre sua passagem por Standford, mesmo não querendo fazer isso, e sendo sincera com todo mundo. ( "Sabe que não gosto da sua banda, Wally. Vocês são ruins."). As outras atuações não deixam a desejar. Ver Eisenberg nesse filme até dá uma esperança para seu futuro grande projeto.
Uma coisa interessante é que, mesmo com um baixíssimo orçamento, 5 locações e apenas 1 ator conhecido, "Amostras Grátis" envolve demais. Nem dá pra reparar no fato de ser um filme pequeno, porquê os personagens são tão reais (mas ao mesmo tempo fantasiosos) que até mesmo um crítico consegue esquecer que é apenas um longa-metragem e se entregar.
Engraçado? Até que bastante. Dramático? Sim. Mas, no fim, é tudo só bem fofinho mesmo.

(PS: vou avisando que qualquer pesquisa na Internet sobre o filme é um saco, porquê, pelo título, só aparecem mesmo 'amostras grátis' de produtos por aí).

domingo, 9 de março de 2014

Sem Escalas

Liam Neeson e mais um de seus filmes surpreendentes.

Desde 2008, falar em Liam Neeson é falar em filme de ação - e dos bons. "Busca Implacável", um filme que ninguém esperava ou estava ansioso, acabou ganhando até uma sequência, de tanto sucesso que fez pelo mundo. E então, o ator sessentão ganhou espaço como o "mais novo" badass de Hollywood. Em 2014, ele chega aos cinemas com "Sem Escalas" (Non-Stop), um filme em que ninguém botava fé, e que acabou sendo ótimo.
Bill Marks (Neeson), um homem com problemas com bebida, embarca num avião, este que acaba por ser sequestrado e vira um lugar perigoso de se estar. Cada passageiro pode ser o vilão, até mesmo nosso protagonista. Cabe à nós, simples espectadores, a acompanhar uma investigação cheia de reviravoltas, até que o culpado seja descoberto. Clichê? Óbvio que sim. O quê não é óbvio é a forma como tudo é conduzido, prendendo o público de qualquer maneira, seja com o roteiro e a ação, à até a fotografia e trilha sonora. "Sem Escalas" surpreende justamente por conseguir a atenção mesmo sendo clichê. Não é dos filmes de sequestro de avião que se tem costume de ver.
Uma das melhores coisas do longa - e, pelo que sei, só no Brasil - é a tradução das mensagens de texto que Bill e o tal vilão trocam durante o filme. No começo, não sabendo disso, me assustei e achei muito estranho. Mas, passado algum tempo, achei essencial para a criação do clima de suspense (em alguns momentos, as mensagens 'saem' da tela do celular, circulando pela telona do cinema).
As atuações são simples e precisas. Em nenhum momento é pedido um esforço dos atores que eles não possam mostrar. Bom... Lupita Nyong', a recente ganhadora do Oscar, é a que mais deixa a desejar e que tem o pior personagem. Coisas da vida.
O único problema é que mesmo sendo diferente, os clichês sobrecarregam a trama de momentos "já vi isso antes". É, sim, a prova de que se dá para fazer algo que fuja da zona habitual de um gênero, mas também é a prova de que não importa o quanto você se esforce, eu já vi isso antes.

sexta-feira, 7 de março de 2014

300 - A Ascensão do Império

Um super trailer estendido, de 2 horas de duração.

Todas as prévias de "300 - A Ascensão do Império" (300 - Rise of an Empire) nos banhavam com frases de efeito e câmera lenta aos montes. E é assim que todo o longa-metragem se constrói : um amontoado de discursos encorajadores e cenas de ação filmadas à milhares de quadros por segundo. Todos pontos negativos, e também todos os pontos positivos, estão nesse aspecto; porquê é ele que conduz nosso entretenimento. É tudo o quê a sequência de "300" é. Entretenimento.
Xerxes, interpretado pelo brasileiro Rodrigo Santoro, viu seu pai morrer pelas mãos do ateniense Temístocles (Sullivan Stapleton). Encorajado pela bela e mortal Artemísia (a impressionante Eva Green), o rapaz se vê envolto de tanta ira, que se faz um deus-rei e continua a guerra de seu pai - dessa vez usando de seu misticismo e suas criaturas fantasiosas e aterrorizantes.
Já nos deparamos com ele em 2007, sob o comando de Zack Snyder. O primeiro filme - do quê agora parece de uma trilogia - fez um estrondoso sucesso, principalmente pelo seu visual inovador. Agora, com a tecnologia que já avançou, seria ultra-impactante ver as mesmas feras em iMAX nesta segunda aventura. Mas o quê acontece é que apenas os comandantes persas ganham destaque, e não seu exército. Obviamente, como as batalhas são navais, elefantes gigantes não seriam muito bem-vindos. Mas nada impede que outras criaturas sejam criadas e mostradas. Esse é um dos pontos negativos : as batalhas são em sua totalidade entre humanos. Mas há um ponto positivo nisso.
Quando digo que os comandantes persas ganham destaque, na verdade quero apenas dizer de uma comandante. Eva Green está impecável em sua atuação de mulher sexy e ao mesmo tempo mais macho que todos os atenienses. Muito mais passível de torcida que Stapleton e muito mais importante na trama que Santoro. O único problema são os diálogos. Há poucos momentos de "uffa, eles não estão planejando nada e nem tentando ser f*das e épicos". Tudo gira em torno de "amanhã os mataremos". E do lado grego, tudo gira em torno da união da Grécia e dos 300 espartanos - a batalha de Leônidas acontece ao mesmo tempo que a batalha de Temístocles.
No fim, o entretenimento é o que molda o filme. O visual é impecável, a trilha sonora perfeita,  as câmeras lentas são belíssimas e a fotografia é de literalmente dar brilho nos olhos. Honra sim o filme de Snyder (mesmo ignorando seu final) e termina com o mesmo sentimento de quero mais. Só que nesse caso, esse sentimento também significa que faltou alguma coisa.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Trapaça

Eu ainda estou me perguntando o quê este filme está fazendo entre os indicados ao Oscar.

David O. Russel. Um dos diretores com maior destaque atualmente. Responsável pelo belíssimo "O Lado Bom da Vida" e sempre com seu elenco de primeira, a partir de agora, vira sinônimo de Oscar com seu bom - mas nem tanto - "Trapaça" : a prova de que atores conseguem salvar um filme da ruína e de que pra ser um indicado, talvez não precise ser tão bom assim.
Christian Bale vive Irving Rosenfeld, um golpista meio careca e muito barrigudo, que tem a sorte de conhecer a sexy Sydney Prosser (Amy Adams). Com a companhia dela, os negócios começam a decolar. Porém, quem está no topo acaba chamando a atenção, e chamou a do agente do FBI Richard DiMaso, que acaba por prender Sydney e acabar com o esquema do casal. Mas eles eram bons demais para serem desperdiçados. Começa então a grande aventura : DiMaso os obriga a entrar numa operação que consiste em flagrar políticos aceitando propina. Tudo fica grande demais, complicado demais, e com Rosalyn (Jennifer Lawrence), a esposa de Irving, tudo entra em colapso.
O roteiro se foca na falsidade. Todos são falsos de algum modo. Sydney finge sotaque britânico e vira Edith Greensly; Irving, que é careca, finge ter cabelo; Richard faz de tudo para que seu cabelo fique encaracolado, e não liso - além de esconder de todos sua noiva; e Rosalyn tenta esconder sua falta de juízo e de pensamento crítico. Cada um faz isso para que possa sobreviver no mundo criado por eles mesmos. Um mundo de papel, prestes a ser amassado e jogado fora. Em dado momento do filme, começa um discurso intenso sobre coragem. "Temos que ser audaciosos, corajosos". Irônico, já que, é exatamente isso que falta em "Trapaça" - mais coragem.
No longa anterior de O. Russel, ele brinca com a maluquice de seus personagens, criando um ambiente, uma conexão entre o público e eles. A trilha sonora composta para o filme, que quase não se ouve, quando toca dá ênfase a este ambiente conectivo. Neste novo longa-metragem não há quase nenhuma conexão entre os personagens e onde estão ou de onde vieram. Poucos detalhes fizeram grande diferença neste aspecto como, por exemplo, a caracterização e o fato de que os personagens narram suas vidas. Mas nada que concretize a 'ponte'. Estamos há quilômetros de distância de cada um deles.
Ao todo, são 10 indicações ao Oscar, 4 delas por atuações. Apenas 2 merecidas. Bale e Adams são os únicos que se sobressaem e alcançam o público. Já que Lawrence e Cooper tentam, mas são impedidos pelo o modo como o filme é dirigido. Ela tem um ótimo personagem, mas que desanda, e ele tem para si apenas o 'intruso na equação', quebrando os planos do casal no início e dando início à ação. Duas indicações que não consigo engolir. E se Jennifer Lawrence ganhar de Lupita Nyong' essa será a prova definitiva de que seu talento é completamente superestimado, já que esta sua indicação é a mais injusta da premiação este ano. Mas não quero dizer que são atuações ruins. O quê quero dizer é que, se fossem melhor conduzidas, algo muito melhor poderia ter saído dali. E se O. Russel não tivesse o elenco que teve, não sairia nada.
Pior que o antecessor em muitos aspectos, e pouco melhor em alguns, "Trapaça" parece ser o filme que menos merece estar entre os melhores do ano. Engraçado é que o longa lembra muito o quê Martin Scorsese costuma fazer, mas convenhamos que David O. Russel definitivamente não tem esse talento todo. Que no ano que vem, os velhinhos da Academia escolham filmes por sua qualidade, e não por afinidade.