Filme proibido para menores, feito para menores.
Chloë Grace Moretz é minha atriz preferida. A acompanho desde "Vovó...Zona 2" e no primeiro "Kick Ass" descobri que até eu poderia sentir a eterna e tosca paixão de fã. Quando anunciaram o remake do remake da adaptação de "Carrie - A Estranha", nem liguei. Mas quando o nome Moretz apareceu entre as candidatas à papel principal, eu logo torci os dedos e esperei pelo anúncio oficial. Ele chegou, o filme foi rodado, estreou nos EUA - saiu na internet, mas me recusei a assistir -, e agora estreia no Brasil. Então, fui nos cinemas nesse dia de estreia que sempre deixa o local lotado e tive que pagar uma entrada inteira apenas para ver Chloë Grace Moretz.
Bom, faz algumas horas desde o término do filme. E ainda quero meus 19 reais de volta.
Desabafos à parte, vamos ao que interessa. O longa-metragem dirigido por Kimberly Peirce é bom? Até seria, não fosse o legado que a história carrega. Como dito acima, já foram duas outras adaptações do livro de Stephen King, todas diferentes umas das outras. Mas até o filme de 2002 consegue ter algumas coisas bem melhores que o desse ano. Listemos alguns erros bobos, que poderia ser corrigidos.
Em primeiro lugar, Carrie White não é estranha. Nem um pouco. A escolha de minha amada futura esposa se dá apenas pelo fato de ela estar no topo e sua idade e a da personagem quase baterem. Chloë é uma bela jovem, todos sabem. E a única coisa esquisita nela é o fato de ela tentar mas não conseguir ficar esquisita. Nas primeiras cenas na escola - tirando a famosa cena da menstruação -, Moretz desperdiça o talento que tem em uma atuação mais pra velha corcunda que garota tímida. Aos poucos, ela retorna como a boa atriz que já se provou ser. Outros pontos negativos são a trilha original que nem se percebe, o uso excessivo de CGI e, o quê mais me deixou irritado, o filme ter sido feito para adolescentes.
A atualização do filme para os dias de hoje foi super importante : a filmagem do primeiro grande acontecimento do filme abre asas para a internet, o desejo de vingancinha é imenso, a sexualidade ainda maior - na medida do possível, etc. Mas, apesar de o filme falar sobre menores, o filme não precisa ser feito para eles. Um dia, li uma opinião sobre o filme "Deixe-me entrar" - também com Cholë -: esse é do tipo "meu primeiro filme de terror". "Carrie" segue o mesmo padrão. É como "Garota Infernal", mas com medo de cenas lésbicas, medo de insinuações de sexo demais, e medo de ser o quê deve ser : um filme de terror.
Ah, já ia me esquecendo. Ansel Elgort é o galã mais feio do universo. Pô, tinha ninguém melhor, não?
Porém, nem tudo são espinhos. Julianne Moore está impecável, como sempre. A melhor atuação de longe, e o título bem que poderia ter sido "Margaret - A Estranha". O único problema é o modo como o filme foi conduzido à sua volta.
Apesar do uso excessivo, os efeitos especiais são maravilhosos. E ver meu amor de cabelo arrumado de verdade, mesmo quando nem era pra estar, é sempre bom.
Com sexualidade amenizada demais mas violência no nível certo, o novo "Carrie - A Estranha" prova que nem todos os remakes são desnecessários. Daqui há 10 anos, quando a conectividade será ainda maior, como White sofreria tendo seus momentos compartilhados para o mundo? Como seria a vingança de Chris e seu namorado? Aposto em mais uma adaptação e torço por ela. Só escolham uma diretora que não tenha medo de fazer algo mais adulto. Não aguento mais finais desses - quem for ver o filme, verá quão imbecil é o último take do filme.
E por falar em estranhezas, ao sair do cinema, olhei para o céu e a lua era uma lua crescente, assim como a usada na decoração do baile de formatura do filme.
Pra terminar, minha foto preferida de toda a divulgação do filme. Essa garota é linda demais. |
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