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sábado, 14 de setembro de 2013

Invocação do Mal

Simplesmente, bom. Do início, até o fim.

James Wan entrega através da Warner Bros. um dos filmes de terror com maior publicidade nos últimos tempos e que finalmente não mente em seus trailers: ele não é o "filme mais assustador  que você verá na sua vida" e nem o que vai mudar seu modo de enxergar o mundo ao redor. Mas definitivamente, vai fazer com que cada segundo gasto no cinema valha a pena, assim como as noites que virão em seguida. Em minha opinião, o melhor filme de terror deste ano e, dificilmente, Chloë Moretz irá derrubá-lo com sua Carrie.
Ed Warren e sua esposa Lorraine, protagonistas, existiram de verdade. Os casos citados no filme são reais. E Wan, em vários momentos, quer escancarar isso ao público, criando assim a primeira parte do tutorial James Wan "Como Fazer Um Filme De Terror Bom Em 3 Passos Básicos":

1 - A apresentação:

Boneca do caso original  exposta no museu dos Warren (à esquerda) e a boneca usada no filme.
O filme começa de forma documental, apenas para mostrar ao público uma amostra de tudo o quê virá. O quê funciona muitíssimo bem, e relembra, vagamente, os filmes de terror do século passado - a trilha, as letras subindo e o título de forma nada mais que comum, além é claro da figuração e do clima que o diretor propôs a história. A comparação equivocada de parte do público, que diz que o longa chega a ser um novo "O Exorcista" (The Exorcist, 1971 que é o ano em que "Invocação do Mal" se passa) logo some quando a proposta do filme se mostra completamente diferente. Não é um demônio possuindo o corpo de uma garota pura e inocente. Perto disso, o filme vai ainda além! Pense: são 7 pessoas, 6 do sexo feminino, 5 crianças. As possibilidades de 6 Regan's nos são mostradas e nunca se sabe qual será o próximo passo da entidade na casa. E que. Maldita. Casa.

2 - A ambientação:

A casa no campo em Rhode Island é um dos trunfos do longa. Primeiro que, mesmo o exterior sendo o clichê de casa mal-assombrada de todas as obras de horror, o interior é maior e melhor do quê o esperado. A construção é um personagem. Preste atenção nela como você presta nas crianças.
Outra coisa é a ambientação fora da casa e também no figurino: os anos 70 estão ali de verdade. O legal também mostrar para os jovens de hoje como tudo funcionava naquela época, mesmo que seja nos EUA. Até as músicas do finzinho da década de 60 estão lá.

3 - A atuação:


Não basta botar 666 sustos na tela e uma atriz com cara de comeu e não gostou para protagoniza-los. Vera Farmiga e Patrick Wilson, como Lorraine e Ed, já dão um show. Mas são as crianças e sua mãe que se superam e dão credibilidade à história. Lili Taylor brilha e faz com que tudo ali pareça que foi mesmo "baseado em fatos reais". Palmas.


No fim de tudo, "Invocação do Mal" se prova como um filme que, mesmo que não marque o gênero, pode chegar a marcar o ano de 2013 como um belo ano para o terror. E foi a coisa mais assustadora que chegou. Obrigado, James Wan. E que os produtores de uma certa franquia paranormal caça-níquel aí sigam o tutorial. Pode fazer bem. Que venha em novembro, a estranha!

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