Um super trailer estendido, de 2 horas de duração.
Todas as prévias de "300 - A Ascensão do Império" (300 - Rise of an Empire) nos banhavam com frases de efeito e câmera lenta aos montes. E é assim que todo o longa-metragem se constrói : um amontoado de discursos encorajadores e cenas de ação filmadas à milhares de quadros por segundo. Todos pontos negativos, e também todos os pontos positivos, estão nesse aspecto; porquê é ele que conduz nosso entretenimento. É tudo o quê a sequência de "300" é. Entretenimento.
Xerxes, interpretado pelo brasileiro Rodrigo Santoro, viu seu pai morrer pelas mãos do ateniense Temístocles (Sullivan Stapleton). Encorajado pela bela e mortal Artemísia (a impressionante Eva Green), o rapaz se vê envolto de tanta ira, que se faz um deus-rei e continua a guerra de seu pai - dessa vez usando de seu misticismo e suas criaturas fantasiosas e aterrorizantes.

Quando digo que os comandantes persas ganham destaque, na verdade quero apenas dizer de uma comandante. Eva Green está impecável em sua atuação de mulher sexy e ao mesmo tempo mais macho que todos os atenienses. Muito mais passível de torcida que Stapleton e muito mais importante na trama que Santoro. O único problema são os diálogos. Há poucos momentos de "uffa, eles não estão planejando nada e nem tentando ser f*das e épicos". Tudo gira em torno de "amanhã os mataremos". E do lado grego, tudo gira em torno da união da Grécia e dos 300 espartanos - a batalha de Leônidas acontece ao mesmo tempo que a batalha de Temístocles.
No fim, o entretenimento é o que molda o filme. O visual é impecável, a trilha sonora perfeita, as câmeras lentas são belíssimas e a fotografia é de literalmente dar brilho nos olhos. Honra sim o filme de Snyder (mesmo ignorando seu final) e termina com o mesmo sentimento de quero mais. Só que nesse caso, esse sentimento também significa que faltou alguma coisa.
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