Critica "Amanhecer - Parte 1"

Temos que admitir, foi uma bela tentativa.
Em 2008 começava uma das sagas de maior sucesso entre os adolescentes. A Saga 
Crepúsculo estorou entre jovens e velhos, revelando novos nomes no cinema, quase criando o "cinema teen". Também enchendo o saco de muita gente, fazendo filmes ruins com atuações ruins e direções ruins. Mas ainda é uma grande saga. E em "A Saga Crepúsculo - Amanhecer - Parte 1", o fim começa a dar as caras.
Normalmente, quando uma saga ou série - até as novelas globais - estão chegando ao fiim, a nostalgia toma conta da tela e lembra-se de cada momento da vida dos personagens. Na parte um de Amanhecer, não é diferente. O que não torna esses momentos tão especiais é a direção errônia de Bill Condon, o pior diretor da série. Condon contou com um roteiro brilhante na medida do possível e não consegue transmití-lo do jeito correto.
Cenas que não precisavam estar lá, tiveram destaque. Momentos sérios, tratados com descontração. Atuaçãoes que precisavam de um empurrãozinho e que foram esquecidas. Recursos visuais exagerados que não cabiam no orçamento saltando da tela em cenas que precisavam de pessoas de carne e osso. E tem muito mais. É possível contar no dedo o número de cenas que deram realmente certo e que fizeram a nostalgia bater. Falo tanto sobre isso, justamente por que é o ponto alto do filme, sua maior qualidade. E seu maior defeito.
A trilha sonora original é intrusiva ao extremo, tanto que no primeiro ato não há um segundo de silêncio. A edição também não é das melhores. A fotografia ajuda, mas de algum modo não supera a de Eclipse.
Acho que não há nada o que dizer sobre as atuações. Kristen Stewart está com a mesma cara de sempre, seja no medo ou no prazer. Robert Pattinson e Taylor Lautner têm personagens mais maduros, e seu visual também está mais adulto. Jacob descobriu como usar uma camisa, por exemplo. E Pattinson melhora, e bastante, seu Edward.
Pode parecer o pior filme do mundo, mas não é. O que deu errado foi apenas o diretor. Talvez Amanhecer - Parte 1 seja uma das provas de que o roteiro é a coisa mais importante num filme. Quem precisa de um bom diretor, quando se tem um público fiel e um bom roteiro?
                                                                                               Por Caio da Costa
Agora você já pode assistir a parte 2 em paz!