Muitos devem pensar: "Por quê tocar num assunto tão batido desses?". E eu lhes digo: não é batido, pelo contrário. Os blockbusters, os filmes ultra-badalados, sempre estão se reinventando, por incrível que pareça, e sempre nos mostrando a real situação do cinema no momento. Mas antes de me aprofundar no assunto, primeiro, uma pequena introdução aos arrasa-quarteirões: segundo a maioria, tudo começou lá na década de 80, com George Lucas e seu "Star Wars : Episode IV". O longa estourou no Universo inteiro e nem é necessário comentar das sequências e spin-offs, não é? Tudo gerando lucro pra quem? Lucasfilm. Mas até aí, grande parte da história ainda era fazer filmes para os fãs e pela arte do cinemas. Até que chegamos aos anos 2000, onde isso quase acabou.
Por definição, blockbusters são : filmes caros, lucrativos, na maioria das vezes estrelado por nomes conhecidos. Geralmente, com tramas fracas e óbvias e a crítica cai encima. Exemplos? É só olhar o cara abaixo:
Michael Bay |
Este ser humano é como um novo pai desse tipo de filme, depois de Lucas. E o quê prova isso são os seus robôs gigantes que lutam ao lado de adolescentes: "Transformers" é uma das franquias mais lucrativas ultimamente, e ao mesmo tempo, uma das piores. O segundo filme da franquia é... é aquilo lá, nem dá pra comentar. O terceiro deu uma melhorada, mas só nas explosões (marca registrada de Bay). E o quarto, que promete melhorar a trama, tá chegando aí. Vamos ver.
Citar o diretor foi uma forma de mostrar como blockbusters tendem a ser fracos. Mas obviamente, nem todos são assim. Quando há um grande comprometimento dos produtores e realizadores de um filme, o resultado - quase - sempre é positivo. "Os Vingadores", "O Senhor dos Anéis", "Círculo de Fogo"... Entre muitos outros.
E, é claro, tem os floopados (aqueles que apesar do comprometimento, ninguém dá a mínima e a bilheteria é mínima). Um grande exemplo disso é "John Carter - Entre Dois Mundos" : o filme é um prato cheio pra quem gosta de aventura, fantasia e muita ação, e a bilheteria nem cobriu a produção do filme. Com "Cavaleiro Solitário" também foi assim e, ano que vem, provavelmente "Robocop" será o esquecido da vez.
Meus pêsames ao Padilha. |
Mas, no título eu falo da importância dos arrasa-quarteirões... E qual seria ela? Claro, levar as pessoas aos cinemas. O grande público nem sempre procura filmes bons. A grande maioria nem sabe distinguir um filme tecnicamente bom de um ruim, e não as julgo. Eu não sei qual a melhor sinfonia de Mozart, por exemplo. O quê quero dizer é que o filme é bom pra cada um. Quem gosta de explosões gosta de Transformers. Quem gosta de explosão só que com um pouco mais de assunto pra se prestar atenção gosta de Círculo de Fogo. O importante é que os filmes, mesmo ruins, continuam levando o povo pro cinema.
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