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sexta-feira, 7 de março de 2014

300 - A Ascensão do Império

Um super trailer estendido, de 2 horas de duração.

Todas as prévias de "300 - A Ascensão do Império" (300 - Rise of an Empire) nos banhavam com frases de efeito e câmera lenta aos montes. E é assim que todo o longa-metragem se constrói : um amontoado de discursos encorajadores e cenas de ação filmadas à milhares de quadros por segundo. Todos pontos negativos, e também todos os pontos positivos, estão nesse aspecto; porquê é ele que conduz nosso entretenimento. É tudo o quê a sequência de "300" é. Entretenimento.
Xerxes, interpretado pelo brasileiro Rodrigo Santoro, viu seu pai morrer pelas mãos do ateniense Temístocles (Sullivan Stapleton). Encorajado pela bela e mortal Artemísia (a impressionante Eva Green), o rapaz se vê envolto de tanta ira, que se faz um deus-rei e continua a guerra de seu pai - dessa vez usando de seu misticismo e suas criaturas fantasiosas e aterrorizantes.
Já nos deparamos com ele em 2007, sob o comando de Zack Snyder. O primeiro filme - do quê agora parece de uma trilogia - fez um estrondoso sucesso, principalmente pelo seu visual inovador. Agora, com a tecnologia que já avançou, seria ultra-impactante ver as mesmas feras em iMAX nesta segunda aventura. Mas o quê acontece é que apenas os comandantes persas ganham destaque, e não seu exército. Obviamente, como as batalhas são navais, elefantes gigantes não seriam muito bem-vindos. Mas nada impede que outras criaturas sejam criadas e mostradas. Esse é um dos pontos negativos : as batalhas são em sua totalidade entre humanos. Mas há um ponto positivo nisso.
Quando digo que os comandantes persas ganham destaque, na verdade quero apenas dizer de uma comandante. Eva Green está impecável em sua atuação de mulher sexy e ao mesmo tempo mais macho que todos os atenienses. Muito mais passível de torcida que Stapleton e muito mais importante na trama que Santoro. O único problema são os diálogos. Há poucos momentos de "uffa, eles não estão planejando nada e nem tentando ser f*das e épicos". Tudo gira em torno de "amanhã os mataremos". E do lado grego, tudo gira em torno da união da Grécia e dos 300 espartanos - a batalha de Leônidas acontece ao mesmo tempo que a batalha de Temístocles.
No fim, o entretenimento é o que molda o filme. O visual é impecável, a trilha sonora perfeita,  as câmeras lentas são belíssimas e a fotografia é de literalmente dar brilho nos olhos. Honra sim o filme de Snyder (mesmo ignorando seu final) e termina com o mesmo sentimento de quero mais. Só que nesse caso, esse sentimento também significa que faltou alguma coisa.

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